quarta-feira, 19 de maio de 2010

Ser Pobre

casaldosmoinhos.blogspot.com/2010/04/ser-pobre.
Estava eu entretido a arrumar alguns e-mails nas pastas próprias, outros eram apagadas entretanto tropecei num que me fez parar e não resisti em transcrever aqui o seu conteúdo, porque tem tudo a ver com a minha terra. Este e-mail recebido faz algum tempo, conta a seguinte história:
Titulo: O QUE É SER POBRE!
Um pai, bem na vida, querendo que seu filho soubesse o que é ser pobre, o levou para passar uns dias com uma família de camponeses.
O menino passou 3 dias e 3 noites vivendo no campo.
No carro, já de regresso à sua casa na cidade, o pai perguntou:
Boa, responde o filho, com o olhar perdido à distância.
O filho respondeu:
Que nós temos um cachorro e eles tem quatro.
2 - Que nós temos uma piscina com água tratada, que chega até a metade do nosso quintal. Eles têm um rio sem fim, de água cristalina, onde tem peixinhos e outras belezas.
3 - Que nós importamos candeeiros do Oriente para iluminar nosso jardim, enquanto eles tem as estrelas e a lua para iluminá-los.
4 - Nosso quintal chega até o muro. O deles chega até o horizonte.
5 - Nós compramos nossa comida, eles cozinham.
6 - Nós ouvimos CD’s... Eles ouvem uma perpétua sinfonia de pássaros, pardais, sapos, grilos e outros animaizinhos...tudo isso às vezes acompanhado pelo sonoro canto de um vizinho que trabalha sua terra.
7 - Nós usamos microondas. Tudo o que eles comem tem o glorioso sabor do fogão à lenha.
8 - Para nos protegermos vivemos rodeados por um muro, com alarmes...Eles vivem com suas portas abertas, protegidos pela amizade de seus vizinhos.
- Nós vivemos ligados ao telemóvel, ao computador, à televisão. Eles estão 'ligados' à vida, ao céu, ao sol, à água, ao verde do campo, aos animais, às suas sombras, à sua família.
O pai ficou impressionado com a profundidade de seu filho e então o filho terminou:
Obrigado, pai, por ter me ensinado o quanto somos pobres Cada dia estamos mais pobres de espírito e de observação da natureza, que são as grandes obras de Deus.
Nos preocupamos em TER, TER, TER, E CADA VEZ MAIS TER, em vez de nos preocuparmos em SER.Victor Gonçalves, Do blog Casal dos Moinhos casaldosmoinhos.blogspot.com

terça-feira, 18 de maio de 2010

FESTAS DO CARVALHAL DO SAPO


 Mais um vez vai esta aldeia viver a alegria das suas festas anuais, em honra do seu Orago, São João Baptista
Este ano serão realizadas no dia 26 de Junho.
                                                 
                                                      
PROGRAMA DAS FESTAS - 2010

Sexta feira, 25 de Junho
08.00,horas-Abertura do evento com música da aparelhagem sonora -  Som Argus
   
Sabado, 26 de Junho

08.00, horas às  21.30 -Espaço animado pelo Som Argus

10.00, horas - Chegada da Banda Filarmónica Avoense

10.20, horas - Arruada da Banda, pelas ruas da aldeia

10.40, horas - Missa Solene, celebrada na capela da aldeia.
Seguindo-se a tradicional  procissão pelo habitual percurso das ruas da aldeia, acompanhada pela Banda Filarmónica Avoense.

13.00, horas - Tradicional leilão das oferendas

16.30, horas - Actuação final da Banda Filarmónica Avoense

17.00, horas - despedida da Banda

22.00, horas -  Inicio do tradicional baile abrilhantado pelo Conjunto  Musical - LAMIRÈ

01.00, hora - Encerramento da actuação do Conjunto Musical - Lamiré

                                                DOMINGO, 27 DE JUNHO

08.00, horas - Alvorada com musica da aparelhagem sonora  SOM ARGUS



15.00, horas - ENCERRAMENTO DAS FESTAS

A Mordomia tem uma enorme satisfação em convidar todos vocês a estarem presentes na festa da nossa aldeia. Contamos com a presença de todos. Venha divertir-se e conviver connosco.   

quarta-feira, 12 de maio de 2010

O QUE É UM MUSEU



O museu é uma entidade de criação onde se preserva a memória de um povo, de uma cidade de uma pessoa, enfim é o lugar de histórias interessantes que nos faz viajar pelo tempo. Mas apesar de contar o passado que já aconteceu, o Museu é o lugar ideal para meditar-mos sobre o presente e reflectirmos sobre o nosso tempo. Quando visitamos um museu podemos pensar, por exemplo, na transformação, evolução dos objectos. Por exemplo imaginem como o processo da escrita se foi modificando ao longo da evolução da história, desde a invenção do papel até a criação do computador. Pensem também como vivemos hoje? e como viviam os nossos antepassados? Já pensaram como seria recebermos hoje a visita de um ser da pré-história. Com certeza ele ira estranhar, os enormes prédios existentes pela cidade, as pontes os túneis, enfim todas as grandes obras da actualidade, seria um enorme choque para um ser que viveu num passado pré-histórico encontrar-se com actualidade. Em todo o mundo existem museus com diferentes nomes, que podem variar conforme o tipo de material que apresentam. Assim, temos os museus históricos, os museus de ciência, os museus de arte, as cidades museus, assim como os ecomuseus, e como o museu não deixa de acompanhar as mudanças dos tempos, temos também os museus virtuais.
O museu é uma instituição permanente, sem fins lucrativos, ao serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, aberta ao público e que pode promover pesquisas relativas aos testemunhos materiais do homem e do seu ambiente, conserva-os, comunica-os, e expõe-nos para estudo, educação e prazer. O museu é um espaço onde todos podem ir, que recolhe, estuda e conserva os objectos que depois são apresentados em exposição.
O trabalho desenvolvido pelos museus, permite a criação de uma identidade cultural, assumindo o património um significado especial. Os objectos contam-nos histórias, revelam-nos o nosso passado, a nossa identidade.
 A visita a um museu traz-nos sempre mais conhecimentos, onde podemos descobrir sempre coisas novas, pois o museu é um lugar de descobertas.
Acácio Moreira
Visite, desfrute da leitura e vote no seu texto preferido.
Texto publicado no âmbito de blogagem colectiva , aldeia da minha vida

sábado, 1 de maio de 2010

OS CONTOS DE FAJÃO

 A VISITA DO BISPO

A certa altura Fajão foi provido com um novo cura, e logo nesse ano o Senhor Bispo anunciou a sua visita pastoral.
Foi numa tarde amena que o dito cura se encontrou com  o Juiz em passeio, e logo o cura disse para o juiz:
Olhe, qualquer dia vem aí o Senhor Bispo, em visita  pastora, e o que é certo é que eu não estou ainda lá muito bem habilitado para orientar as coisas.
E logo o Juiz disse: Ó senhor prior, não se preocupe.Se quiser, dê-me as suas ordens, que eu trato disso tudo e resolvo-lhe os problemas todos.
Está bem eu agradeço; trate-me lá disso tudo, para a freguesia não ficar mal.
Assim foi. O juiz preparou tudo, e no dia da visita lá foram todos para a serra esperar o Senhor Bispo, e está claro que à frente ia o Juiz, para ser o primeiro a cumprimentá-lo.
O Juiz aproximou-se, tirou o barrete e cumprimentou: « Então, Senhor Bispo, passou bem ? Fez boa viagem? E como está a senhora Bispa, e os bispinhos todos, estão bons?»
O Senhor Bispo não se desmanchou, e respondeu: - Bem; está tudo bem, muito obrigado. Foi recebendo os cumprimentos dos principais da vila, mas a certa altura a mula do Senhor Bispo pôs uma pata em cima do sapato de um deles. O homenzinho lá foi aguentando, mas quando já não podia mais perguntou:
- «O Senhor Bispo ainda se demora aqui muito tempo? É que a mula de V. Ex.ª  tem um pé em cima da minha pata!»
Depois foram todos em procissão por ali abaixo. Perto da igreja, o Senhor Bispo paramentou-se e lá foram seguindo. Ao chegar o cortejo à igreja, o Senhor Bispo que era muito alto e ainda com a mitra em cima, estava a ver que não podia entrar. Então o Senhor Juiz chegou-se ao pé do «Senhor Bispo, faz favor de abaixar a cornadura, se não bate lá em cima!» Bem .Pois o Senhor Bispo baixou a cabeça e entrou. Na igreja as cerimónias decorreram como era costume. Depois foi a parte exterior, as cerimónias civis. Dirigiram-se ao aos Paços do Concelho. No cimo das escadas o Senhor Bispo tropeçou e rolou pelas escadas abaixo. Ora o Juiz tinha dito ao povo para fazerem o que o Senhor Bispo fizesse; então, julgando que aquilo também fazia parte das cerimonias, puseram-se todos a rolar pelas escadas abaixo.
Depois daquele percalço entraram todos nos Paços do Concelho, para uma recepção e almoço. Tudo normal, como  é  uso nestas visitas. Mas a certa  altura o Juiz, que não tinha esquecido nada para preparar uma recepção condigna, e por isso tinha preparado uma ca(ga) deirazita; como o Senhor Bispo não tinha pedido nada, lembrou-se de que ele devia precisar. Sim, porque todos nós sabemos o que são necessidades. Então chegou-se ao pé do Senhor Bispo e disse-lhe ao ouvido: Olhe lá, o Senhor Bispo, talvez precise de cag...
 - Não será pior, não! - respondeu ele. (Contam outros pormenores que para o caso não adiantam ).
O que é certo é que o Senhor Bispo veio muito bem impressionado com a visita pastoral a Fajão
Do livro os contos de Fajão. - Por P.e A. Nunes Pereira